A importância da neuropropaganda para o marketing digital

Barbara Coelho
7 de mar. de 2017
2 min de leitura

Os estudos que tratam da neuropropaganda tem dado contribuições importantes para o marketing digital. A neuropropaganda tem se baseado em estudos básicos da neurociência, visando aplicações concretas na comunicação e publicidade de marcas, produtos e serviços.

Segundo Lavareda e Castro (2016), a neuropropaganda é a utilização de conhecimentos especializados de neurociência para o exercício, o estudo e a avaliação da comunicação publicitária.

Nessa perspectiva, a neuropropaganda trabalha com a intenção de superar o paradigma do consumidor "padrão" para um modelo de ações de dominâncias de consumo embasadas no afetivo e no inconsciente. As formas, as cores, aromas e os sons sempre tiveram um apelo afetivo ao nosso cérebro, fazendo recordar, imaginar, desejar e sentir.

No ambiente online somos expostos a um número cada vez maior de dados que podem, por vezes, se transformar em informações valiosas para determinados sujeitos. Esta máxima é verdadeira desde que este dados possam ser formados em conjunto, como um quebra cabeças, pelo sujeito interessado.

A soma de dados de pesquisa e notícias forma a receita perfeita para alavancar ou derrubar vendas. Vejam o exemplo do que acontece atualmente com a notícia da "carne estragada". Logo a sociedade fica em alerta para o perigo e as vendas caem. Segundo pesquisas sobre neuropropaganda a razão do alerta inconsciente está na amígdala, que desde os primórdios tem a função de nos deixar em alerta. A amígdala é uma parte do cérebro automático e recepciona a informação que vem do tálamo (parte do cérebro que recepciona os sentidos). Primeiro tudo chega como estimulo no tálamo e depois segue para o córtex frontal ou segue diretamente para amígdala esperando uma reação.

Desse modo, tamanha importância este conhecimento para explorar questões ligadas ao consumo, seja de informações, produtos, serviços, dentre outros. Já diz a máxima:

Uma imagem vale mais que mil palavras...

Por isso grandes marcas procuram explorar e imprimir o que quer dizer, já a partir do seu golotipo. O design, a forma, as cores visam arrebatar o consumido logo no primeiro olhar.

Marcas que trabalham com:

Tecnologias utilizam mais o azul, exemplo: a exemplo da IBM, facebook, Intel, Samsung.
Alimentos exploram bastante tons quentes como vermelho: exemplos temos a Macdonald, Redbull, CocaCola.
Grifes de moda tem utilizado bastante o preto: como a Nike, Zara, YSL, Loreal.